Pesquisas analisam a inclusão de deficientes visuais por meio da cartografia
Sexta-feira, 2 de julho de 2021
Última modificação: Sexta-feira, 2 de julho de 2021
Estudantes e professores do campus Divinópolis publicam participação em edições da Olimpíada Brasileira de Cartografia em revista científica
Localizar-se no espaço sempre foi uma preocupação do homem. Há pelo menos 4.500 anos, quando foi confeccionado o que é considerado o primeiro mapa da história, existe a preocupação com o entendimento da organização espacial e como a sociedade ocupa esses espaços. Integrantes do campus Divinópolis têm se concentrado em desvendar essa ciência e a inclusão de deficientes visuais, por meio de pesquisas relacionadas à Olimpíada Brasileira de Cartografia (Obrac).
A equipe composta pelos estudantes Ana Clara Silva, Ana Luiza Fonte Boa, Luis Henrique Higino e Sofia Lara Silva, sob a orientação da professora Nádia Cristina Mello, desenvolveu para a segunda etapa da Obrac 2019, protótipo e mapa tátil representando o campus Divinópolis e o entorno, além de mapa digital (StoryMap) relatando a história dos deslocados devido ao deslizamento da barragem de Brumadinho, seguindo o tema da Obrac 2019, “Somos tomos refugiados”. “Ainda há muito a se fazer em relação à inclusão dos deficientes visuais e motores na sociedade brasileira. Pode-se constatar também que projetos sociais da própria comunidade de Brumadinho têm promovido uma recuperação emocional e social da região do Córrego do Feijão”, concluiu o grupo.
Outra equipe, composta por Camila Santos, Brenda Guimarães, Henrique Rabelo, Frederico Capanema, também orientados pela professora Nádia, seguindo o regulamento da Obrac 2017, deviam criar um mapa que representasse as palmeiras do Brasil. Assim, foi construído o “Mapa Interativo Buriti de Minas”, nas versões física e (tátil) e digital, com o objetivo de integrar deficientes visuais com a produção de materiais cartográficos inclusivos. Além de impressão 3D, levantamentos cartográficos, plataformas digitais (arduínos), trabalhos artesanais e pesquisa ao DATASUS, o grupo baseou-se na obra “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, que retrata a palmeira buriti.
Obrac
O êxito dos trabalhos desenvolvidos pelas equipes do CEFET-MG Divinópolis na Obrac, vice-campeões em 2017 e campeões em 2019, resultou no convite para publicarem as experiências no Caderno de Estudos Geoambientais (Cadegeo), publicação científica que disponibiliza à comunidade resultados de investigações na área. Atualmente está associada ao Departamento de Análise Geoambiental da Universidade Federal Fluminense (UFF).
O CEFET-MG Divinópolis é a única instituição que se classificou entre as três finalistas em duas edições da Obrac. “Nossos alunos seguem brilhando e colhendo fruto de suas vitórias na Obrac, trabalhos realizados com muitas parcerias, de forma integrada com a colaboração de toda a Instituição”, exalta a professora Nádia.
Saiba mais
Acesse os artigos “Produção de um mapa tátil e um story map pela equipe do CEFET-MG Divinópolis” e “Inclusão cartográfica na Obrac 2017: a temática Palmeiras do Brasil representada por mapa tátil” no site do Cadegeo.
Coordenação de Jornalismo e Conteúdo – CJC